1.9.06

Etiqueta na testa

Há uns belos dias a Rabisca lançou-me o desafio de me etiquetar. Demorei tempo a escrever este post porque, e vamos ser honestos, é uma seca ter que escolher 6 aspectos nossos. Tipo, um, dois, três, uma pessoa ainda faz, mas 6 é difícil! =PP

Anyway, como o meu ano não se rege pelo calendário civíl, mas sim pelo escolar (sempre foi assim e sempre assim será - até pela profissão), aproveito sempre o dia após os meus anos para reflectir sobre alguns aspectos da minha vida (ao melhor estilo de ano novo, mas sem as resoluções).

1- Orgulhosa
Não, a sério... Sou mesmo demais! Mais facilmente morro, do que ponho o orgulho de lado! Não era preciso que os outros me dissessem que sou orgulhosa, eu tenho toda a consciência que o sou, mas o meu orgulho não me permite concordar com isto! =P

2- Extremamente auto-consciente
Sou assim tipo a minha própria psicanalista. Conheço-me muitíssimo bem, tenho a mais clara e perfeita consciência de quem sou mesmo eu na minha essência, de todos os meus defeitos, de todas as minhas qualidades, de todos os meus pontos fortes e fracos, de todas as minhas acções e reacções. Sou extremamente honesta comigo mesma e não disfarço sentimentos ou acções. Mesmo que erre ou aja mal de alguma forma, tenho consciência do que fiz e porquê. No entanto, isso não leva a que tenha que admitir tudo aos outros. Pelo contrário, sou muito reservada e não consigo abrir-me com os outros como me abro comigo mesma.

3- Bastard sense of humor
Tenho um humor muito estranho. Negro, doentio, extremamente crítico, non sense, e por vezes até deprimente. lol.
Às vezes não sou compreendida pelos outros, mas who cares? Eu divirto-me na mesma! =P

4- La Resistence
De mainstream tenho muito pouco. De hype não tenho mesmo nada. Aliás devo ser dos poucos que ainda são da velha guarda. Como explicar isto sem parecer um bicho? Hum... Odeio, mas mesmo de morte, estes novos sons que se ouvem. Tipo hip hop, b&r, pop comercial, eu sei lá. Gosto de rock, metal, jazz e étnica e estou muito bem assim. Aliás, cada vez me aproximo mais da música étnica.
O preto continua a ser uma das minhas cores de eleição. Tenho 27 anos (eheh) mas não uso salto alto. Tenho 27 anos e uso chinelos ou ténis (sempre), calça de ganga, calção comprido, ou algumas saias (pronto, já consigo usar), e malas gigantes, enormes a tiracolo.
Odeio discotecas!! Primeiro porque não consigo suportar o que se ouve. Depois porque detesto o espaço em si. E honestamente detesto o clima de engate barato e imbecil que se observa muitas vezes. Quando sairem à noite procurem o espaço mais underground que estiver perto de vocês, é aí que me vão encontrar.

5- Extremamente exigente
Comigo e com os outros! Sou ainda mais exigente quando a conversa é a Língua Portuguesa. Ninguém me pode passar nada para a mão que tenha um erro ortográfico! É sermão na certa. Também me arrepio com discursos incoerentes e mal elaborados (esta lembrei-me por causa do excelentíssimo presidente do Gil Vicente... Ia vomitando a ver aquele labrego a falar! Por falar em Gil Vicente, lembrei-me agora que detesto aquele tipo de pessoa: nem falar sabe e está cheio de dinheiro, influência, etc... É por isto que o país não evolui, estamos rodeados de pequeninos que têm muito!!).
Sou exigente também nas acções. E sobretudo na coerência!

6- Contra-corrente
Mas quem convencionou que isto é assim? Porque é que tem de ser assim e não ao contrário? E se daqui por muitos anos acordarmos e descobrirmos que afinal não era nada assim?
Estas são algumas das expressões que me ouvem dizer muitas vezes. Não suporto as convenções. A convicção da razão. A verdade absoluta. O "é assim porque é". Questiono tudo e todos, não aguento ir com a corrente. E já provei que estou certa: quem é que convencionou que Plutão era um planeta?? Aparentemente estava errado, assim como todos nós!).


Uff! Já está! Tenho a sensção que me vou arrepender de ter escrito isto aqui...

1 comentário:

Menina Rabisco disse...

Papoila,

porque achas que te vais arrepender??

Eu gostei muito da tua reflexividade. Não te escondeste. Muito bem.
Adoro quando as pessoas demonstram capacidade auto-reflexiva. Isso revela preocupação por si e pelos outros, porque só tendo consciência de quem somos podemos mudar o que é mau.

Obrigada por responderes ao meu apelo.

Beijinhos.