8.9.06

Vamos fazer amigos entre os animais!!

Sou uma acérrima defensora dos animais! A sério, só não sou activista porque a minha maneira de ser não me permite fanatizar-me por absolutamente nada e, vamos lá ser honestos, o facto de alguém se despir, ser preso e gritar que nem um possesso, para mim, é indicador de uma boa dose de fanatismo...
Mas dizia eu, sou mesmo amiguinha dos animais. Não posso ver nenhum na rua que quero logo traze-lo para casa e faço birra até o marido me convencer que não temos espaço nem condições para lher dar. Tivesse eu um quintal e haveriam de ver meus amigos, haveriam de ver a colecção que lá se iria amontoar.
Por causa de um post da dixuba (não me apetece por o link por isso vão ali ao lado clicar) sobre o seu bixolho, entenda-se o hamster, lembrei-me das minhas peripécias com os animais. Ontem reli o meu diário de infância (sim o "querido diário") e decidi que era o mote para vos contar.

13/4/90
Querido Diário há quanto tempo.
Olha, já tanta coisa me aconteceu, já tenho um peixe, o "Malhado II". Eu comprei um peixe no Pão de Açucar, mas passados dois dias ele saltou do aquário. Chamava-se "Malhado" e é por isso que este se chama "Malhado II".
O meu piriquito, o "Tico" é muito bonito; é azul, preto e branco.

Pois é, estes foram os meus primeiros animais de estimação. Não foi um começo muito auspicioso, uma vez que o Malhado cometeu suicídio e o Malhado II nem demorou duas semanas a seguir-lhe os passos. Para compensar, comprei três peixes (se algum resolvesse gritar "Adeus mundo cruel" pelo menos ficariam lá mais dois. Os peixes eram meus, logo a tarefa de os alimentar e limpar o aquário era minha. O problema é que às vezes me esquecia de os alimentar, e os desgraçados lá passavam fomita um dia ou dois. Para que isso não acontecesse os meus pais iam dar-lhes comer às escondidas. Até que o dia fatídico chegou: nesse Domingo eu NÃO ME TINHA ESQUECIDO de os alimentar. No entanto, toda a gente cá em casa resolveu dar uma de bom samaritano: eu dei-lhes comer, a minha irmã também, o meu pai também, a minha mãe também e o meu primo resolveu atirar para dentro do aquário o frasco inteiro de comida. Next thing i see: três peixes a flutuar de barriga para o ar com o estômago literalmente rebentado. No more fishes for me!

Relativamente ao piriquito Tico, esse não de via ser de muito boa estirpe uma vez que uma semana depois de ter escrito aquilo ele teve um ataque cardíaco e caiu redondinho no chão. Claro que foi prontamente substituído pelo Jarbas. O Jarbas era outro piriquito, mas verde e amarelo. O Jarbas foi um bom companheiro. Estava a durar bastante tempo e eu tinha cuidado com ele. Até que o Inverno chegou. Ora sempre me fez muita confusão que o Jarbas ficasse dentro de casa no Inverno, assim, quando não chovia, eu punha a gaiola do Jarbas na varanda e levava-o para dentro à noite por causa do frio. Mas houve uma semana muito rigorosa, com frios de rachar. E eu esqueci-me de trazer o Jarbas para dentro. Ficou lá fora exposto às maiores intempéries durante 4 dias e sem comer... Quando me lembrei dele estava rijinho que nem um pau coitadinho... No more birds for me!

Depois disso resolvi que queria ter um animal mais interactivo. Um hamster! Sim os hamsters podiam andar soltos e interagiam. Chamava-se Mickey. Pois, o problema é que a minha mãe morria de medo dele e eu só o podia soltar quando ela não estava perto de nós. Chegou o Inverno. Eu sempre tinha houvido falar que os hamsters hibernam no Inverno, por isso quando o vi imóvel e enroladinho a dormir não me preocupei, estava a hibernar. Comecei a preocupar-me ao fim de 2 meses, durante os quais não se mexeu um milímetro. A minha mãe dizia que o rato estava morto, mas eu defendia com unhas e dentes o seu direito à hibernação. Ao fim de 3 meses lá resolvi tentar acordar o Mickey, afinal já era Primavera. Para meu grande espanto o Mickey estava muito estranho ao toque, assim tipo... seco... Conclusão o Mickey estava morto há três meses e o seu corpo era apenas uma pequena carcaça seca! Mas bem que podia ter estado a hibernar, afinal nem cheirava mal nem nada!!!!! No more hamsters for me!

Depois disto resolvi que não tinha jeito para animais. Não queria mais nenhum!
Até que em 1996 a minha prima me mostra uma ninhada de gatinhos que tinha nascido na rua. Não resisti!! Só já restava um e tinha de ser meu!!!
Foi assim que o Calvin foi lá para casa com 2 mesinhos. Eu não percebia nada de gatos, mas aquele bebezinho tão lindo e tão traquinas ensinou-me tudo e mais alguma coisa que eu precisava de saber.
Um ano e meio depois reparo que na minha rua apareceu uma gatinha muito pequenina e meiguinha que não desamparava dali. Sempre que eu passava metia-me com a gatinha e ela sempre se aninhou no meu colo e ronronou. Depois descobri que tinha sido uma vizinha minha que tinha abandonado a gatinha com um aninho de idade. Eu já estava apaixonada por ela. Foi lá para casa.
Tanto Calvin como a Nina são muito diferentes em termos de feitio. Não têm nada a haver um com o outro. E o que eu aprendi com isso! Hoje sou a melhor e mais dedicada dona à face da terra! Os meus gatinhos são os meus filhotes e eu desato num berreiro só de pensar por breves segundos que um dia eles não estarão cá...
Mas vou ser honesta, sou assim tão boa dona porque eles me obrigam, porque são extremamente interactivos. Por outro lado, descansa-me saber que quebrei o ciclo de desgraças aos animais que me passam pelas mãos. Já lá vão 10 anos e o meus queridos gatinhos estão de óptima saúde e recomendam-se! =)

(queria pôr fotos deles, mas o blogger está estúpido!!)

1 comentário:

dixubo disse...

:)))) Gosto muito dos teus posts e este não foi excepção!
Estou a ver que também és adepta de bichinhos! :D eheheheh
Eu tive uma história semelhante à tua e do mickey mas com uma tartaruga. Também tinha ouvido que eles hibernavam por isso, quando ela ficou sossegadita durante 1 mês no mesmo sítio, eu também achei que estava a dormir...enganei-me. Já era quase um fóssil e eu chorei que nem uma desalmada e obriguei o meu pai a fazer-lhe o funeral! Já com os peixes foi sempre a mesma tristeza, com medo que morressem à fome acaba por matá-los com tanta comida que lhes dava e chegou a um ponto que a terra batida que havia em frente à minha casa já tinha mais cruzinhas de enterros que o "Deus me valha"! Até que, no ano passado deram-me a minha-coisa-mai-linda e a "criança"-dos-meus-olhos...o bixolho! Foi amor à primeira vista!!! Ainda aqui está e, mesmo sabendo que os hamsters não vivem muito tempo, nem quero pensar que o posso perder. Afeiçoei-me de tal forma que até tenho saudades se for de fim de semana e ficar sem o ver!!! :)

beijinhos